Nesta quinta-feira (28), tem início o ano letivo 2021 na Rede Municipal de Ensino de Fortaleza. Com redução da evasão escolar e aumento do número de matrículas, cerca de 235 mil alunos iniciarão as atividades em regime remoto. Os estudantes receberão material escolar, livros e conteúdos complementares, como apoio ao desenvolvimento das atividades, além do kit de alimentação.
A modalidade de ensino adotada no início deste ano letivo permitirá a professores trabalharem a partir de suas residências, em decorrência do enfrentamento à pandemia da Covid, em conformidade com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB). É válido destacar que o modelo remoto já foi adotado de forma exitosa em 2020, com registro de 98% de devolutivas das atividades realizadas pelos alunos, assim como execução de interações com os professores.
De acordo com a secretária municipal da Educação, Dalila Saldanha, em 2020, o ensino remoto demonstrou eficácia na manutenção dos vínculos dos estudantes com a escola, o que se refletiu em baixa evasão e aumento no número de matrículas. Em 2020, a rede municipal contava com 231 mil alunos. Neste ano, o número passou a cerca de 235 mil.
“A gente conseguiu com esse processo seguir trabalhando na perspectiva de, cada vez mais, oferecer ferramentas e conteúdos digitais para apoiar tanto professores como também os estudantes”, comemorou a secretária. Segundo ela, gestores e professores estão envolvidos na elaboração da estratégia de retomada das aulas.
“Nossos professores são os protagonistas de todo esse processo, que se reinventaram, que acabaram transformando suas casas em salas de aula. Então a gente precisa reconhecer e agradecer a eles por todo o envolvimento, toda a disposição e, principalmente, às famílias que, ao longo desse processo, têm sido nossas grandes parcerias”, enfatizou.
O prefeito de Fortaleza, José Sarto, afirmou que todos os estudantes serão beneficiados pelo kit alimentação, além do kit pedagógico. “Nós vamos garantir o kit alimentação para toda a rede. São 235 mil (alunos), quase. Isso dá, em termos de recursos financeiros, algo em torno de R$ 10 milhões que o Tesouro Municipal custeia para garantir, para oferecer proteção alimentar para essas crianças. Além do kit alimentar, tem o kit pedagógico, que é o material escolar. Lá, tem toda a especificação por classe, por faixa etária”, reforçou.
Tablets e chips
A expectativa é que, neste semestre, a Prefeitura disponibilize para professores e alunos chips e tablets com a finalidade de apoiar as atividades virtuais escolares. “Estamos finalizando a licitação para aquisição de tablets e chips com internet de até 20 GB, que vai permitir que o aluno acesse não apenas o conteúdo escolar, mas tenham um excedente para outras práticas”, explicou o prefeito Sarto.
Serão disponibilizados cerca de 242 mil chips com pacote de dados para o desenvolvimento das atividades pedagógicas em regime domiciliar. Além disso, a ideia é atender estudantes do 9º Ano do Ensino Fundamental e da Educação de Jovens e Adultos (EJA) IV com a entrega de 21 mil tablets.
Ambos os itens, que estão em processo de licitação para aquisição, funcionarão por meio de cessão, para que estudantes e profissionais possam desenvolver as atividades pedagógicas em regime domiciliar pela difusão dos meios digitais. A previsão de entrega, que será realizada nas unidades escolares, é de 45 dias, após a contratação da empresa vencedora do processo licitatório.