sexta-feira, 2 de novembro de 2018

Pedetistas se articulam para disputar a presidência da Assembleia


A eleição é em fevereiro, mas pelo menos cinco deputados estaduais do PDT já iniciam conversas com colegas eleitos e reeleitos na tentativa de comandarem a Mesa Diretora da Assembleia Legislativa na próxima legislatura, a partir de 2019. A oposição, até o momento, não sinalizou que indicará um nome para a disputa ao cargo máximo do Legislativo. O governador Camilo Santana (PT), mais uma vez, também deve ter protagonismo na escolha do nome.

O atual presidente da Mesa, Zezinho Albuquerque (PDT), é o primeiro deputado a conquistar três mandatos consecutivos na presidência da Assembleia. Tal feito traz o bônus do poder da caneta, mas também o ônus de eventual desgaste junto aos pares pelo tempo na mesma função. Ele não esconde o interesse em disputar o quarto mandato.

"É preciso combinar com os russos. Estou conversando com os partidos e com os amigos, mas não depende apenas do deputado Zezinho. Ainda tenho três meses de mandato e muita coisa precisa ser feita até lá", disse o pedetista.

"O sonho não acabou". É o que responde, por sua vez, o candidato derrotado na disputa passada, deputado Sérgio Aguiar (PDT), quando questionado sobre o interesse de ter o comando da Casa.

Na última vez em que Aguiar disputou a presidência do Legislativo, no fim de 2016, o resultado foi uma crise na base governista que refletiu também na oposição, posteriormente defasada. A extinção do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) também foi resultado do pleito. "Todos os eleitos podem ser candidatos. Vamos aguardar os acontecimentos, mas o sonho ainda não acabou", citou.
Aguiar também tem que disputar o comando da Casa, internamente, com o atual vice-presidente do Legislativo, Tin Gomes (PDT). Primo do senador eleito Cid Gomes, ele afirmou que já conversou com o líder do partido e que até o dia 15 de dezembro pretende dialogar com seus pares no intuito de convencê-los de que seu nome é o melhor para a Casa.

No páreo
Além da escolha do próximo presidente, a Assembleia terá que indicar os outros nove nomes que comporão a Mesa Diretora do próximo biênio, bem como as composições das comissões técnicas permanentes. "Até lá, devo conversar com meus amigos e com o governador. Eu, inclusive, já comuniquei ao Cid Gomes que sou candidato", afirmou Tin Gomes.
José Sarto (PDT) é outro pedetista de olho na presidência da Assembleia. No entanto, ele pode abrir mão, mais uma vez, de disputar o cargo em favor do irmão, o vereador Elpídio Nogueira (PDT), que tem interesse em ocupar o comando da Câmara Municipal de Fortaleza.
O atual líder do Governo, Evandro Leitão (PDT), também é cotado como um dos possíveis candidatos à Presidência da Casa, mas tem atuado de forma mais discreta. Ele disse à reportagem, porém, que não entra em disputa.
Deputados que não pretendem concorrer à presidência já se articulam nos corredores da Assembleia para formar blocos partidários e, assim, terem representações nos colegiados da Casa e se apresentarem com força para serem indicados a pelo menos uma vaga na Mesa Diretora a partir de 2019. Integrantes de PRB, PPS, PR e Patriotas dialogam com esse intuito.
(DN)

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