sábado, 10 de novembro de 2018

Dois iram compor o Governo de Bolsonaro

O futuro ministro da Economia do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), Paulo Guedes, indicou dois cearenses para ocupar os chamados Cargos Especiais de Transição Governamental. O especialista em Energia, Luciano Irineu de Castro Filho, natural de Fortaleza, e o economista Waldery Rodrigues Júnior, de Missão Velha, estão entres os 27 nomes publicados no Diário Oficial da União.
Luciano é mestre e doutor pelo Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa). Trabalhou, durante cinco anos. no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA); como 1º tenente engenheiro na Força Aérea Brasileira; e, durante sete anos, no Colégio Militar de Fortaleza. Realizou pesquisas na área de desenho de mercados de energia e leilões mundo afora.
Apesar de saber que atuará na área de energia, ao O POVO, Luciano disse que cargos devem ser definidos em reuniões na próxima semana. "Com certeza existe uma grande preocupação com o nosso povo, o Nordeste e o Ceará. O objetivo é sempre ajudar. Mas não sei ainda o que vou fazer, se vou estar no governo de Bolsonaro, então, não tenho como dizer como vou contribuir".
Segundo o secretário-geral do PSL-CE, Aldairton Carvalho, as escolhas Guedes foram feitas baseadas na experiência dos nomeados. "Eles não moram aqui há muito tempo. A indicação não surgiu de políticos daqui e, sim, do próprio Paulo Guedes, que conhecia os técnicos já do governo (Michel) Temer (PSL). No caso de Luciano, ele o conhece dos Estados Unidos", explica, lembrando que Guedes tem título de PhD na Universidade de Chicago.
Waldery Rodrigues Júnior também é do ITA, formado em engenharia. Ele possui mestrado em Economia pela Universidade de Michigan, mestrado e doutorado em Economia pela Universidade de Brasília (UnB). Economista-sênior concursado do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea), atualmente, é coordenador-geral na Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda.
A equipe de transição será coordenada por Onyx Lorenzoni, já confirmado para a Casa Civil no governo eleito.
Dos 27 indicados, 22 vão receber remuneração. Cada integrante poderá dispor de um telefone celular com acesso ao sistema que vai servir como base para o governo eleito. O grupo também terá acesso irrestrito às informações das pastas, dados sobre o governo atual e o que se planeja para 2019 com base no Orçamento previsto para o ano que vem.
Todos serão automaticamente exonerados dez dias após a posse de Bolsonaro. No decorrer da semana, ele anunciará os ministros do Meio Ambiente, Saúde, Defesa e Relações Exteriores. A previsão foi dada ontem em transmissão ao vivo nas redes sociais, pelo presidente eleito, ao destacar a dificuldade para escolher um nome para educação: "Educação é complicado". Ele destacou que a decisão para o Meio Ambiente é exclusivamente dele: "Quem vai indicar é Jair Messias Bolsonaro", disse dirigindo-se às organizações não governamentais (ONGs).





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