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Cobertura vacinal no amazonas. Fotos públicas |
Esse índice, em 2017 foi ultrapassado na primeira dose; para
a segunda, o Estado foi o único do País a atingi-la.
Dados preliminares do DataSUS (Departamento de Informática
do SUS) apontam que, no ano passado, a cobertura vacinal no Ceará foi de
119,47% na tríplice viral (primeira dose) e de 96,05% na tetra viral (segunda
dose).
“A tríplice viral protege contra sarampo, caxumba e rubéola.
Ela está dentro do nosso calendário de vacinação para crianças de 12 meses e
uma segunda dose de reforço aos 15 meses”, explica Daniela Queiroz,
coordenadora de Promoção e Proteção à Saúde da Secretaria da Saúde do Estado
(Sesa).
Conforme Daniela, a alta cobertura de vacinação no Ceará se
dá após estratégias diante do surto que houve entre 2013 e 2015. O último caso
registrado de sarampo no Estado foi em julho daquele ano.
“isso foi um fato importantíssimo porque fizemos diversos
estudos para entender como foi essa epidemia, que fatores estavam relacionados,
e foi detectada a baixa cobertura vacinal. Na época, muitos municípios tinham a
meta, mas isso não era homogêneo”, afirma. Ela ressalta ainda que, com
cobertura acima da meta, o Estado é preparado para possíveis chegadas de
infecções.
Conforme nota do Ministério da Saúde (MS), o país enfrenta
dois surtos de sarampo, em Roraima e Amazonas. Até o dia 27 de junho, foram
confirmados 265 casos de sarampo no Amazonas, e 1.693 permanecem em
investigação. Roraima teve confirmados 200 casos da doença e 179 continuam sob
análise.
O infectologista Anastácio Queiroz também relaciona a alta
cobertura no Ceará ao pós-surto há três anos.
De acordo com ele, o sarampo é uma doença de rápido
contágio. Por isso, a vacina é o principal vetor de erradicação. “Qualquer
percentual abaixo da meta é uma janela aberta para a entrada da doença. É muito
importante que, na presença dos primeiros casos, as autoridades e a sociedade
trabalhem intensamente”, sinaliza Anastácio Queiroz.
De 6 a 31 de agosto será realizada a Campanha Nacional de
Vacinação contra a poliomielite e contra o sarampo, para o público-alvo de
crianças de um a quatro anos de idade. O dia “D” de mobilização nacional será
18 de agosto.
(O Povo)