terça-feira, 31 de julho de 2018

Câmara evita colapso financeiro e rejeita projeto faraônico do prefeito que endividaria o município de Barbalha por 20 anos

Vereadores da oposição impediram projeto faraônico do prefeito Argemiro Sampaio 

O prefeito da cidade de Barbalha, Argemiro Sampaio (PSDB), anunciou nos últimos dias aquilo que comumente se conhece por “obra faraônica’’. O projeto que foi batizado de Orla dos Canaviais, previa a urbanização nas imediações da entrada da cidade com pista de corrida, bares, pista de ciclismo, ponte metálica e pasmem, um lago artificial.
No anúncio feito no site da prefeitura esqueceu de informar para a população o valor total da obra se por ventura um dia vier a ser concluída, R$ 11 milhões seriam deixados para os futuros gestores.
Para a obra começar a sair do papel o município de cara teria que contrair um empréstimo que ao final do parcelamento alcançará o montante de quase R$ 11 milhões, caso seja pago em dia.
Para que tal empréstimo fosse contraído se fazia necessário a aprovação e autorização da maioria dos vereadores do município.
Ainda segundo o site da prefeitura, representantes de órgãos ambientais já teriam realizado visitas técnicas na área, órgãos esses que ninguém sabe quais foram. Não se faz necessário ser muito inteligente para saber que essa obra tinha tudo e mais um pouco para que se iniciada jamais seria concluída e mais uma vez o contribuinte iria pagar e não iria levar.
Outro ponto que é claro e parece ter sido ignorado pelo prefeito é: como se cogita urbanizar uma área para lazer e entretenimento altamente poluída como é a do Rio Salamanca? Também não se precisa ser expert no assunto para facilmente saber que a despoluição de forma adequada de um rio custaria cifras inimagináveis e jamais um investimento dessa natureza se pagaria, como afirmava o prefeito Argemiro Sampaio.
As redes sociais como sempre não perdoaram e foram primordiais para que os vereadores de oposição consultassem a população quanto a aprovação ou não do projeto. Como se esperava, uma infinita maioria de opiniões contrárias a aprovação do faraônico projeto logo ganharam corpo. A ida do prefeito Argemiro Sampaio até o poder legislativo de nada adiantou, com argumentações sem consistência o prefeito não convenceu os parlamentares da viabilidade e principalmente da autosustentabilidade do projeto. O melhor exemplo e que detonou a argumentação do prefeito foi dado pelo vereador Odair Matos (PT). O vereador desmontou o prefeito e seus aliados afirmando que não poderia existir um projeto turístico mais autossustentável do que o Balneário do Caldas, mas, no entanto, funcionários já estão há mais de três meses sem receber salários. ‘’Se o Caldas que é algo já consolidado não está conseguindo se manter, imagine um projeto que além de endividar e comprometer o futuro das finanças do município, contava em se manter cobrando aluguéis que chegariam há 12 mil reais’’. Concluiu o vereador.
O vereador Dorivan Amaro (PT), afirmou em sua fala que empresário algum em seu juízo normal investiria somente de aluguel um valor dessa natureza. Ainda em sua fala o vereador Dorivan desafiou o prefeito a fazer um empréstimo para a construção do aterro sanitário da cidade, pois hoje o que existe é um lixão que provoca fumaça e traz grandes males para a saúde da população.
 Desta feita, com 7 votos a favor e 8 votos contra, o projeto faraônico do prefeito que colocava em risco as finanças do município, foi rejeitado.

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