Candidato à vice-presidência pelo PT, o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, que está de passagem por Fortaleza para cumprimento de agenda, foi o entrevistado da edição desta sexta-feira, 31, do Live Política do O POVO. Durante a conversa com o jornalista Ítalo Coriolano, ele comentou sobre relacionamento com o presidenciável do PDT Ciro Gomes e uma possível união entre os dois no segundo turno, além de críticas à estratégia do PT para esta eleição.
"Me dou bem com Ciro desde que era ministro de Lula e temos apreço e respeito um pelo outro", disse o ex-prefeito de São Paulo ao ser questionado sobre as críticas do presidenciável do PDT à estratégia do Partido dos Trabalhadores para as eleições de 2018. Segundo Haddad, durante as tentativas de se montar uma frente de esquerda, Ciro Gomes era o principal nome para ocupar o lugar de vice da chapa. "Ele chegou a ser sondado para ser vice, mas o PDT entendeu que era o caso manter a candidatura (de Ciro)", explicou.
Já sobre o apoio do governador Camilo Santana a Lula e Ciro, Haddad acredita que, caso o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decida pelo registro da candidatura do ex-presidente, o candidato a reeleição do PT no Ceará deverá apoiar Lula nessas eleições. "Eu tenho convicção de que nós vamos estar juntos no segundo turno", afirmou ao ser questionado sobre um possível mal estar na relação do PT com Ciro.
Além disso, ele ainda fala da boa relação com o candidato ao senado Cid Gomes (PDT), irmão de Ciro, que também teria feito críticas a seu nome. "Meu carinho pelos Ferreira Gomes é grande. O Cid foi o governador do Ceará que mais recebeu recursos da edução quando eu era ministro", disse
Quando perguntando sobre a possibilidade de assumir o lugar de Lula na corrida à presidência caso ele não tenha o registro aprovado, Haddad desconversa e afirma acreditar fielmente que o ex-presidente conseguirá seguir com sua candidatura.
