terça-feira, 4 de novembro de 2025

Fabiano Contarato (PT) é eleito presidente da CPI do Crime Organizado; Vieira será o relator



A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Crime Organizado elegeu, por 6 votos a 5, nesta terça-feira (4) o senador Fabiano Contarato (PT-ES) para presidir a comissão. Por acordo, Alessandro Vieira (MDB-SE), que propôs a criação do colegiado, será o relator dos trabalhos.

Contarato, que assim como Alessandro Vieira é delegado de Polícia Civil, derrotou em votação secreta o candidato da oposição ao cargo de presidente, senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS).

Com a vitória de Contarato, Mourão foi escolhido, por aclamação, vice-presidente da CPI.

A CPI do Crime Organizado foi instalada em meio à repercussão da operação das forças de segurança do Rio de Janeiro contra o Comando Vermelho (CV), que deixou 121 mortos na semana passada.

O início dos trabalhos da comissão ocorre em meio à disputa entre o governo e a oposição por protagonismo nas pautas relacionadas à segurança diante da pressão da opinião pública por respostas à expansão das organizações criminosas no país.

"Que fique claro: eu não apoio a barbárie, não apoio ações violentas ou desumanas. Mas também não podemos, de dentro de nossas casas seguras, bem alimentados e distantes das balas, romantizar a vida de quem precisa seguir as leis de criminosos para se manter vivo", afirmou Contarato.

"Essa realidade exige compromisso sério de enfrentamento. O combate ao crime organizado só será eficaz se for contínuo e progressivo. Não pode se amparar em ações isoladas. O Estado precisa retomar o controle das comunidades, oferecer emprego", completou o parlamentar do PT após ser eleito presidente da CPI.

Após ser eleito presidente, Contarato defendeu as polícias e prestou homenagens aos agentes que foram mortos durante a operação na Zona Norte do Rio de Janeiro. Os integrantes da CPI fizeram um minuto de silêncio em tributo aos policiais, proposto por Flávio Bolsonaro (PL-RJ).

A CPI terá 11 titulares e sete suplentes. Entre os nomes indicados, há quadros experientes e figuras centrais na disputa entre governo e oposição como:

Oposição

Flávio Bolsonaro (PL-RJ)
Sergio Moro (União-PR), suplente
Marcos do Val (Podemos-ES)
Magno Malta (PL-ES)
Márcio Bittar (União Brasil-AC)

Governo e aliados

Jaques Wagner (PT-BA), suplente
Otto Alencar (PSD-BA)
Rogério Carvalho (PT-SE)
Randolfe Rodrigues (AP), suplente
Jorge Kajuru (PSB-GO)

O que a CPI vai investigar?

A CPI deve funcionar por 120 dias e pretende apurar:

estrutura e expansão de facções como PCC e CV e de milícias;
fontes de financiamento e lavagem de dinheiro;
domínio territorial e prisional;
conexões regionais e transnacionais;
atuação e possível infiltração no poder público;
apontar mudanças legislativas.

As informações são do portal g1.com

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