quarta-feira, 19 de novembro de 2025

Escândalo do Banco Master escancara o esquema de corrupção gerenciado pelo Centrão”, denuncia De Assis Diniz


O deputado estadual De Assis Diniz (PT) usou a tribuna na manhã desta quarta (19) para relacionar escândalos de corrupção recentes com ações políticas articuladas pelo Centrão no Congresso Nacional. “A Operação Carbono Oculto, da Polícia Federal, expôs o desmonte de um dos símbolos do poder econômico e político do país: a chamada Faria Lima, avenida de São Paulo que reúne grandes bancos, fundos e empresas. E a prisão do dono do banco Master, Daniel Vocaro, acusado de desvios na ordem R$ 12 bilhões - um dos maiores rombos da história do Brasil - escancarou a estreita relação dos esquemas de corrupção com políticos como Hugo Motta (Republicanos), Ciro Nogueira e Arthur Lira (PP). Há dois anos, Nogueira tentou alterar os valor do Fundo Garantidor de Valores - verba de socorro aos bancos privados - de 40 para 120 bilhões de reais. Ou seja, possivelmente ele já sabia das operações irregulares do Master. Aliás, o governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), demonstrou interesse em comprar a carteira do Master por meio do Banco de Brasília. O governador do RJ, Cláudio Castro (PL) usou R$ 900 milhões dos servidores aposentados no Master. Não à toa, todos estes políticos, ligados ao Centrão, queriam aprovar a vergonhosa PEC da Blindagem”, afirmou.

De Assis ainda questionou se os políticos que dizem combater o time organizado e as facções, ligados ao Centrão e à extrema direita, não iriam elogiar as investigações da Polícia e da Receita Federal. “Pelo contrário, a preocupação do Guilherme Derrite, relator do PL Anti-Facção, é proteger estes interesses. A Carbono Oculto destrincha como setores poderosos se articularam para capturar o Estado. O fundamental agora é fortalecer os mecanismos de fiscalização, a transparência e o combate à corrupção. O Brasil precisa romper com velhas práticas que misturam negócios privados com dinheiro público. Quando é para entrar na favela e matar pobres, eles apoiam. Quando é para minar o centro do poder, eles silenciam”, alertou.

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