sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

Governo de Bolsonaro é reprovado por 53%, mostra pesquisa Ibope


O Ibope divulgou nesta sexta-feira uma pesquisa, sob encomenda da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que mostra que 53% das pessoas não aprovam a maneira de governar do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Aqueles que aprovam somam 41% e 6% não quiseram responder. A pesquisa foi realizada entre 5 e 8 de dezembro - antes da divulgação da investigação do senador Flávio Bolsonaro - com 2 mil pessoas em 127 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

Em setembro, 50% dos entrevistados desaprovavam a maneira de governar do presidente, 44% aprovavam, e o índice de quem não respondeu era o mesmo. Em abril, o governo tinha 40% de desaprovação e 51% de aprovação.

A pesquisa também mostra oscilação dentro da margem de erro dos índices de aprovação do governo de Jair Bolsonaro. A avaliação positiva (ótimo ou bom) está em 29% contra 31% em setembro e 35% em abril. A avaliação negativa (ruim ou péssimo) alcançou 38% na nova pesquisa ante 34% em setembro e 27% em abril. O índice de que considera o governo regular permaneceu no mesmo nível, 31% em dezembro, contra 32% em setembro e 31% em abril. Os que não quiseram responder somaram 3%.

A confiança no governo caiu dentro da margem de erro. Dos entrevistados, 41% disseram confiar no presidente e 56% afirmaram não confiar. Em setembro, 42% responderam que confiavam e 55% que não confiavam. Na primeira pesquisa, em abril, 51% confiavam no presidente enquanto 45% não confiavam.

Segurança pública tem maior aprovaçãoDividido por áreas do governo, todos os índices pesquisados oscilaram dentro da margem de erro. A pesquisa questionou a opinião dos entrevistados para as áreas de taxa de juros, combate ao desemprego, segurança pública, combate à inflação, combate à fome e à pobreza, impostos, meio ambiente, saúde e educação.

A segurança pública é a que apresenta maior índice de aprovação. Em dezembro, 50% dos entrevistados disseram aprovar a atuação nesta área, enquanto 47% desaprovaram. Os que não sabem ou não responderam chegaram a 3%. Na pesquisa anterior, em setembro, os índices foram parecidos, 51% disseram que aprovam, 45% que desaprovam e 4% não souberam ou não responderam.

Quando questionados sobre impostos, 64% dos entrevistados desaprovaram a atuação do governo, enquanto 30% aprovaram e 6% não souberam ou não responderam. Os dados são similiares aos de setembro, quando 62% desaprovaram, 32% aprovaram e 6% não souberam ou não responderam.

A atuação na taxa de juros tem desaprovação semelhante ao de impostos. Foram 62% dos entrevistados que desaprovaram a atuação do governo nesta área, 31% aprovaram e 7% não souberam ou não responderam. Em setembro, novamente, a diferença ficou dentro da margem de erro. O índice de desaprovação chegou a 61%, a aprovação 31%, e o não sabe ou não respondeu ficou em 8%.

Os entrevistados se dividem sobre as expectativas para o restante do governo. O índice de ótimo e bom chegou a 34%, regular 28% e ruim e péssimo, 32%. Não sabem ou não responderam somam 6%. Os índices oscilaram dentro da margem de erro em comparação com a pesquisa de setembro.

Naquele mês, 37% das pessoas responderam que tinham perspectivas boas ou ótimas, 27% regulares e 31% ruins ou péssimas. O mesmo percentual disse que não sabia ou não respondeu.

Em uma comparação com o governo do ex-presidente Michel Temer (MDB-SP), 40% acreditam que o atual governo é melhor do que o anterior, 36% veem como igual, e 20% como pior.

O índice também oscilou dentro da margem de erro em comparação com setembro. Três meses atrás, 43% das pessoas consideravam o governo melhor do que o de Temer, 33% achavam igual e 20% pior do que o do antecessor.

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