segunda-feira, 28 de julho de 2025

STF interroga dez réus por tentativa de golpe de Estado; grupo inclui militares das forças especiais

Revista Piauí


O Supremo Tribunal Federal (STF) inicia nesta segunda-feira (28) o interrogatório de dez réus acusados de integrar um dos núcleos da trama golpista investigada pela Corte.

Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), o grupo é responsável por ações coercitivas, como o monitoramento de autoridades públicas. A etapa marca o avanço da fase de instrução do processo, após a coleta de depoimentos de testemunhas na semana passada.

Quem são os dez réus do núcleo militar da trama golpista

Os acusados integram o chamado núcleo 3 do inquérito e são investigados por planejar ataques ao Estado Democrático de Direito. A lista é composta por militares da ativa e da reserva do Exército — conhecidos como "kids pretos", ou forças especiais (FE) —, além de um agente da Polícia Federal.

São eles:

General Estevam Gaspar de Oliveira
Tenente-coronel Hélio Ferreira Lima
Tenente-coronel Rafael Martins de Oliveira
Tenente-coronel Rodrigo Bezerra de Azevedo
Coronel Bernardo Romão Corrêa Netto
Coronel Fabrício Moreira de Bastos
Coronel Marcio Nunes de Resende Júnior
Tenente-coronel Sérgio Cavaliere de Medeiros
Tenente-coronel Ronald Ferreira de Araújo Júnior
Wladimir Matos Soares, agente da Polícia Federal

Segundo a Polícia Federal, o grupo elaborou um plano chamado "Punhal Verde e Amarelo", que previa o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente Geraldo Alckmin. A execução do plano estava prevista para o dia 15 de dezembro de 2022, antes da posse dos eleitos.

Quais crimes são atribuídos ao grupo

Os dez réus respondem pelos seguintes crimes:

Abolição violenta do Estado Democrático de Direito – pena de 4 a 8 anos.
Golpe de Estado – pena de 4 a 12 anos.
Organização criminosa – pena de 3 a 8 anos.
Dano qualificado – pena de 6 meses a 3 anos.
Deterioração de patrimônio tombado – pena de 1 a 3 anos.

A PGR afirma que os acusados atuaram de forma coordenada para desestabilizar o governo democraticamente eleito, com uso de ameaça, monitoramento e planejamento violento.

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