segunda-feira, 22 de outubro de 2018

Marina declara voto em Haddad no 2º turno: 'Farei oposição crítica'


Em nota oficial divulgada nesta segunda-feira (22), a ex-senadora Marina Silva (Rede) declarou apoio ao candidato à Presidência Fernando Haddad (PT). No texto, ela reforçou o seu posicionamento de que vai fazer parte a "oposição crítica" em um eventual governo do PT, mas considerou Haddad o candidato do "pelo menos".

"Pelo menos, e ainda bem, não prega a extinção dos direitos dos índios, a discriminação das minorias, a repressão aos movimentos, o aviltamento ainda maior das mulheres, negros e pobres, o fim da base legal e das estruturas da proteção ambiental."

De acordo com Marina Silva, o partido dos trabalhadores não fez a autocrítica necessária após as denúncias de corrupção envolvendo os seus políticos.

"Não assumem graves prejuízos causados pela sua prática política predatória, sustentada pela falta de ética e pela corrupção que a Operação Lava-Jato revelou, além de uma visão da economia que está na origem dessa grave crise econômica e social que o país enfrenta."

Ainda, criticou a incapacidade da estratégia petista de inspirar uma frente ampla, democrática e progressista: "Mantém o jogo do faz-de-conta do desespero eleitoral, segue firme no universo do marketing."

Apesar das críticas ao PT, a ex-senadora afirmou que a candidatura de Jair Bolsonaro (PSL) "é um projeto que mostra pouco apreço à regras democráticas".

"Ele acumula manifestações irresponsáveis e levianas a respeito das instituições públicas e põe em cheque as conquistas históricas desde a Constituinte de 1988."

Ainda, considera que um eventual governo do candidato do PSL coloca em risco estruturas de proteção ambiental conquistadas ao longo dos últimos anos.

Marina também afirmou que o militar da reserva minimiza "a importância de direitos e da diversidade existente na sociedade, promovendo a incitação sistemática ao ódio, à violência, à discriminação".

Outro fator considerado pela ex-senadora, de acordo com o texto, foi a sua "consciência cristã".
"É um engano pensar que a invocação ao nome de Deus pela campanha de Bolsonaro tem o objetivo de fazer o sistema político retornar aos fundamentos éticos orientados pela fé cristã que são tão presentes em toda a cultura ocidental", disse.

Diante do pior risco iminente, de ações que, como diz Hannah Arendt, "destroem sempre que surgem", "banalizando o mal", propugnadas pela campanha do candidato Bolsonaro, darei um voto crítico e farei oposição democrática a uma pessoa que, "pelo menos" e ainda bem, não prega a extinção dos direitos dos índios, a discriminação das minorias, a repressão aos movimentos, o aviltamento ainda maior das mulheres, negros e pobres, o fim da base legal e das estruturas da proteção ambiental, que é o professor Fernando Haddad.

(Notícia a Minuto)

Últimas notícias