quinta-feira, 23 de agosto de 2018

Homem agredido a socos por bancário teve morte cerebral. Família fará doação de órgãos


Pedro Neto (à esquerda) foi assassinado a socos pelo bancário Raimundo Maciel Neto (à direita)

O pior aconteceu. Pedro Ribeiro da Costa Neto, 32, que foi brutalmente espancando há 11 dias em Juazeiro do Norte, teve morte cerebral constatada na manhã de hoje (quinta-feira,23), pela equipe de neurocirurgiões do Hospital Regional do Cariri. A família anunciou que irá fazer doação de órgãos, como era desejo de Pedro Neto.
Na madrugada do último dia 12, Pedro Neto foi covardemente espancando a socos pelo bancário Raimundo Maciel Lopes Neto, que está foragido. O crime aconteceu após uma rápida discussão de trânsito na saída de uma bar no bairro Lago Seca em Juazeiro do Norte.
O acusado perseguiu o carro da vítima por cerca de 3km e no acostamento da avenida Padre Cícero, em frente à praça do Giradouro houve a agressão, que foi filmada por câmeras de seguranças do videomonitoramento da Secretaria de Segurança Pública.
Pedro Neto estava acompanhada da namorada que presenciou toda a agressão. "O agressor desceu do carro e foi logo dando soco no Pedro. O primeiro já o deixou desacordado, mas mesmo assim a agressão continuou", contou a testemunha em depoimento à Polícia.
Ainda na madrugada do dia 12, Pedro Neto deu entrada no setor de emergência do HRC com traumatismo craniano. Ficou sob cuidados médicos por uma semana, mas infelizmente, apesar das orações dos familiares e amigos, não resistiu.

FORAGIDO

Informações colhidas pela Polícia dão conta de que o acusado Raimundo Maciel Lopes Neto reside em Campos Sales, no Cariri Oeste. Ele é servidor do Banco do Brasil e trabalhou normalmente na semana passada na agência do BB de Araripe, também no Cariri Oeste.
Somente esta semana, após o caso ganhar as redes sociais, o bancário teria deixado de comparecer ao trabalho. A Polícia fez buscas em Campos Sales e Araripe, mas não conseguiu localizá-lo.
O delegado regional da Polícia Civil em Juazeiro do Norte, Juliano Marcula está à frente das investigações. O acusado havia sido indiciado por tentativa de homicídio, mas agora diante da morte de Pedro Neto, será indiciado por homicídio doloso, cuja pena vai de 12 a 30 anos de prisão. O delegado também pediu a prisão preventiva do acusado.

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