quarta-feira, 9 de fevereiro de 2022

Ala tucana contrária à pré-candidatura ao Planalto amplia pressão sobre Doria

A pré-candidatura à Presidência do governador de São Paulo, João Doria, foi alvo ontem (terça, 8), da mais contundente ação de oposição interna desde que ele venceu as prévias do PSDB, em novembro do ano passado.

Parte da ala tucana contrária à candidatura própria ao Palácio do Planalto se reuniu na noite de ontem, em Brasília, na casa do ex-ministro Pimenta da Veiga. Este grupo defende a desistência de Doria da pré-candidatura, com a avaliação de que o paulista ainda não conseguiu se mostrar um candidato competitivo e dificilmente vai se impor como nome da terceira via capaz de romper a polarização entre Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT).                                

No PSDB, a disputa por dinheiro do fundo eleitoral e a resistência à candidatura presidencial podem levar a uma debandada de parlamentares da bancada federal da legenda. Pelos cálculos de líderes tucanos, entre 6 e 10 dos 32 deputados devem deixar a sigla.

Quadros históricos do partido têm sido procurados por Lula para conversas que constrangem o projeto eleitoral do paulista.Em reação ao encontro dos correligionários na capital federal, Doria mobilizou uma ofensiva de aliados nas redes sociais. O entorno do governador, porém, se frustrou com a carta escrita pelo presidente nacional do partido, Bruno Araújo, sobre o assunto. Para tucanos alinhados com o pré-candidato, Araújo - que é coordenador da pré-campanha de Doria - não se posicionou de maneira enfática diante da ameaça pública de dissidência.

(Leia mais no O Povo)

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