sábado, 27 de julho de 2019

Eram de Eusébio - Grupo de turistas que sofreu acidente com catamarã em Maragogi não usava colete salva-vidas, diz filho de vítima

Lucimar Gomes e o filho, momentos antes do acidente

O grupo de turistas do Ceará que estava no catamarã que naufragou neste sábado (27), em Maragogi (AL), na divisa dos estados de Alagoas e Pernambuco, deixando duas idosas mortas, não estava com coletes salva-vidas. De acordo com o empresário, Tarcísio Gomes da Silva, que estava no passeio, não foi disponibilizado o equipamento de segurança para nenhum integrante da empresa Tô A Tôa, responsável pelas embarcações.

Tarcísio é filho de uma das vítimas, Lucimar Gomes da Silva, 69. A outra vítima foi identificada como Maria de Fátima Façanha da Silva, 65.

O catamarã naufragou após colidir contra uma pedra, em uma área conhecida como "Buraco", segundo informou o Corpo de Bombeiros.

"Foi tudo muito rápido. Estava todo mundo feliz. De repente, começou a entrar água no barco. Até agora estou me perguntando como isso aconteceu", contou Tarcísio, que é proprietário da empresa Simbora Vip Tour, responsável pela viagem do grupo de turistas que saíram do Eusébio, na Grande Fortaleza, para Maragogi, e filho de Lucimar Gomes da Silva, 69 anos, morta no acidente.

Em nota, a Marinha informou que vai investigar o caso e que um inquérito será aberto para apurar as causas, circunstâncias e responsabilidades do acidente. A Prefeitura de Maragogi e a Associação dos Proprietários de Catamarãs de Maragogi (ACPM) informaram que o proprietário do catamarã não tinha autorização para transportar passageiros, e que já havia sido autuado por realizar passeios clandestinos.

"Poderia ter sido muito pior, uma tragédia maior. Tinham seis crianças, 4 pessoas que não sabiam nadar. Foi Deus", disse emocionado. Tarcísio relatou que, durante o acidente, as atenções foram para as crianças. "Quando o socorro chegou, colocamos os coletes. Quando contamos, vimos que minha mãe e dona Fátima não estavam. Elas morreram afogadas".

O empresário disse que não sabia que a Tô À Toa estaria irregular, como informado, em notas, pela Prefeitura de Maragogi e pela Associação dos Proprietários de Catamarãs de Maragogi (APCM). "Não sabia. Eles tinham site e tudo. Fizemos um outro passeio com eles em outubro", rebate.

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