Advogado
Sistema de estacionamento rotativo enfrenta críticas e pode dar lugar a alternativas tecnológicas mais eficientes.
A Zona Azul, tradicional sistema de estacionamento rotativo pago, é uma presença constante em ruas de comércio movimentado nas grandes cidades brasileiras. Criada para garantir a rotatividade de vagas e melhorar o fluxo urbano, a medida já não atende com a mesma eficácia às necessidades atuais. Entre elogios e críticas, o modelo começa a dar sinais de esgotamento.
Pontos positivos
Entre os méritos do sistema estão a organização do espaço público e o estímulo à rotatividade, que facilita o acesso ao comércio e serviços em áreas centrais. A Zona Azul também gera receita para os municípios e pode desestimular o uso excessivo de veículos em regiões com grande fluxo.
Limitações evidentes
Por outro lado, a eficácia do sistema depende de fiscalização constante, o que nem sempre ocorre. Em várias cidades, o uso de talões físicos e parquímetros antigos torna o sistema pouco prático e ultrapassado. Outro ponto crítico é que a medida não cria novas vagas — apenas regula o tempo de uso das existentes.
Uma nova proposta: estacionamento inteligente
Diante desse cenário, cresce o interesse por alternativas mais modernas. Uma delas é o Estacionamento Inteligente Integrado, sistema já adotado em cidades como Barcelona e São Francisco. Com sensores nas vagas, aplicativos em tempo real e pagamento digital, essa tecnologia permite:
Redução no tempo de procura por vagas
Tarifação dinâmica, com preços ajustados conforme horário e demanda
Descontos para veículos elétricos
Integração com transporte público, incentivando o chamado park and ride
Além de mais eficiente, o modelo contribui para a sustentabilidade urbana e permite o uso de dados para melhorar o planejamento da mobilidade.
Reflexão necessária
A Zona Azul cumpriu um papel importante nas últimas décadas. No entanto, diante dos avanços tecnológicos e das novas necessidades urbanas, surge a pergunta: manter um sistema já desgastado ou investir em soluções mais inteligentes, acessíveis e sustentáveis?