quarta-feira, 7 de maio de 2025

STF torna réu o núcleo 4 da trama golpista após Moraes dizer que havia 'indícios suficientes'



A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) julgou, nesta terça-feira (6), a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o núcleo 4 da trama golpista do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. Por unanimidade, os sete investigados se tornaram réus.

Os cinco ministros do colegiado aceitaram a denúncia contra o grupo formado por militares do Exército e um policial federal. Eles foram acusados de organizar ações de desinformação para propagar notícias falsas sobre o processo eleitoral e ataques virtuais a instituições e autoridades por meio da estrutura da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

Em julgamento, o ministro Alexandre de Moraes afirmou haver “indícios suficientes” para tornar réu o grupo. O magistrado ainda criticou algumas defesas, que, segundo ele, tentaram desqualificar as acusações.

Em algumas sustentações, os advogados citaram que alguns réus não estavam presentes durante o ato. Moraes então usou como exemplo um homocido encomendado, onde o mandante não está presente, mas não deixa de ser culpado.

Além de Moraes, o colegiado é composto pelos ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Luiz Fux.

JULGAMENTO NÚCLEO 4

Nesta manhã, o colegiado ouviu as sustentações orais dos advogados dos denunciados e a acusação da procuradoria.

Os ministros também negaram questões preliminares levantadas pelas defesas, como a suspeição do ministro Alexandre de Moraes para julgar o caso e outras ilegalidades processuais.

Os ministros decidiram agora a noite o mérito do caso, ou seja, se os sete denunciados do núcleo se tornariam réus e passarão a responder ao processo criminal no STF.

INVESTIGADOS DO NÚCLEO

Ailton Gonçalves Moraes Barros (major da reserva do Exército);

Ângelo Martins Denicoli (major da reserva do Exército);

Giancarlo Gomes Rodrigues (subtenente do Exército);

Guilherme Marques de Almeida (tenente-coronel do Exército);

Reginaldo Vieira de Abreu (coronel do Exército);

Marcelo Araújo Bormevet (policial federal);

Carlos Cesar Moretzsohn Rocha (presidente do Instituto Voto Legal).

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