Os cinco ministros do colegiado aceitaram a denúncia contra o grupo formado por militares do Exército e um policial federal. Eles foram acusados de organizar ações de desinformação para propagar notícias falsas sobre o processo eleitoral e ataques virtuais a instituições e autoridades por meio da estrutura da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
Em julgamento, o ministro Alexandre de Moraes afirmou haver “indícios suficientes” para tornar réu o grupo. O magistrado ainda criticou algumas defesas, que, segundo ele, tentaram desqualificar as acusações.
Em algumas sustentações, os advogados citaram que alguns réus não estavam presentes durante o ato. Moraes então usou como exemplo um homocido encomendado, onde o mandante não está presente, mas não deixa de ser culpado.
Além de Moraes, o colegiado é composto pelos ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Luiz Fux.
JULGAMENTO NÚCLEO 4
Nesta manhã, o colegiado ouviu as sustentações orais dos advogados dos denunciados e a acusação da procuradoria.
Os ministros também negaram questões preliminares levantadas pelas defesas, como a suspeição do ministro Alexandre de Moraes para julgar o caso e outras ilegalidades processuais.
Os ministros decidiram agora a noite o mérito do caso, ou seja, se os sete denunciados do núcleo se tornariam réus e passarão a responder ao processo criminal no STF.
INVESTIGADOS DO NÚCLEO
Ailton Gonçalves Moraes Barros (major da reserva do Exército);
Ângelo Martins Denicoli (major da reserva do Exército);
Giancarlo Gomes Rodrigues (subtenente do Exército);
Guilherme Marques de Almeida (tenente-coronel do Exército);
Reginaldo Vieira de Abreu (coronel do Exército);
Marcelo Araújo Bormevet (policial federal);
Carlos Cesar Moretzsohn Rocha (presidente do Instituto Voto Legal).