sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

Após denúncias, força eleitoral de Bolsonaro começa a ser testada


Em uma semana, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) viu o seu capital político na disputa pelo Palácio do Planalto sofrer uma série de ataques. Denúncias feitas pela Folha de S. Paulo mostraram que o político e a sua família possuem 13 imóveis com valores de mercado estimados em R$ 15 milhões, a maioria comprada a preços abaixo da avaliação da Prefeitura do Rio de Janeiro à época. O mesmo jornal ainda revelou que ele e o filho, Eduardo Bolsonaro (PSC-RJ), receberam auxílio-moradia da Câmara dos Deputados, apesar de terem casa em Brasília, no Distrito Federal. O pré-candidato também estaria empregando uma servidora fantasma, que, na verdade, é vizinha dele, moradora de Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, dona de comércio de açaí.
Em meio à turbulência, o parlamentar assinou acordo com líderes do Partido Social Liberal (PSL) para sair candidato à Presidência neste ano pela sigla. Em resposta, a ala mais liberal da legenda promoveu debandada e anunciou a criação do Livres, de tendência libertária. O mais recente contratempo de Bolsonaro veio do Ceará. O senador Tasso Jereissati (PSDB) indicou o deputado estadual Capitão Wagner (PR) para concorrer ao Governo do Estado nas próximas eleições, mas estabeleceu uma condição: o militar não pode apoiar Bolsonaro. Caso dispute mesmo a Presidência, Bolsonaro ficaria sem palanque no Estado.

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