O julgamento, pelos ministros do STF, dos mandantes da tentativa de golpe, em 8 de janeiro de 2023, foi repercutido na tribuna da Assembleia Legislativa em pronunciamento do deputado estadual De Assis Diniz (PT), 1o secretário da Casa, na manhã desta terça (10). “Trata-se de um momento histórico, porque estão finalmente no banco dos réus os comandantes militares, que em vários episódios anteriores, quando atentaram contra a democracia, foram anistiados. Desta vez, não! O depoimento de Mauro Cid, ajudante de ordens de Bolsonaro, deixou claro que o ex-presidente não só sabia da minuta do golpe, mas fez alterações no documento, que previa prisões de autoridades. Vale lembrar que os terroristas tramaram até a morte do presidente e do vice-presidente da República. E que os comandantes das Forças Armadas foram pressionados por ele para atacarem o Estado Democrático de Direito”, afirmou.
De Assis ainda lembrou que o golpe de Estado foi gestado durante vários meses, desde quando tentaram colocar em suspeição as urnas eletrônicas e as instituições nacionais. “Fundamentalmente, o julgamento mostra que nossas instituições, tão qiestionadas, estão funcionando. O Judiciário, o Ministério Público, a Polícia Federal. Não fossem estes órgãos, eu não estaria aqui - e nem os deputados de oposição - porque provavelmente esta e outras casas legislativas estariam fechadas. Nossa democracia tem problemas. Mas não é cerceando direitos, prendendo e torturando inocentes, calando a sociedade à força que superaremos nossas divergências. Somente na democracia construiremos um Brasil melhor”, arrematou.
