segunda-feira, 24 de janeiro de 2022

"Moro encheu o bolso de dólar e agora está sendo investigado", dispara Ciro


Durante entrevista ao jornalista José Luiz Datena, o pré-candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT) falou das suas impressões sobre o ex-juiz, Sérgio Moro (Podemos), contra quem disputa lugar na chamada "terceira via".

Ele repetiu pregação contra o ex-presidente Lula (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL), mas deixou para Sérgio Moro sua crítica inflamada.

O pedetista afirmou que o ex-juiz da Lava Jato se beneficiou financeiramente dos julgamentos que conduziu no âmbito da operação, no tempo em que atuava na 13ª Vara Federal de Curitiba.

Ciro lembrou que Moro julgou processos contra a Odebrecht e mais tarde, já como ex-ministro do governo Bolsonaro, foi trabalhar para a banca de direito americana que atuou no processo de recuperação judicial da empresa, que acumulou dívidas em razão dos desdobramentos do esquema de corrupção julgado pelo ex-juiz.

Ciro insinuou que Moro ajudou a quebrar a empresa propositalmente para depois trabalhar com quem administrou o processo falimentar da companhia. Ele cobrou que o ex-juiz divulgue o quanto ganhou do escritório americano Alvarez & Marsal e mencionou a investigação em curso no Tribunal de Contas da União (TCU) sobre o caso.

“Moro encheu o bolso de dólar e agora está sendo investigado e não diz o quanto ganhou. Por que ele não diz? Por que ele não explica que foi trabalhar para uma multinacional americana, cuja a sede é em Nova Iorque, e ele foi trabalhar em Washington?”, disse Ciro.

Em dezembro do ano passado, o TCU determinou que o escritório Alvarez & Marsal revele quanto pagou ao ex-juiz Sérgio Moro depois que ele deixou a empresa, em outubro deste ano, para iniciar carreira na política. 

O MP defende que a investigação é necessária, pois Moro proferiu decisões judiciais e orientou as condições para celebração de acordos de leniência da Odebrecht, empresa alvo da Lava-Jato e, logo em seguida, foi trabalhar para a consultoria que faz a administração da recuperação judicial da mesma empresa. (Maria Eduarda Pessoa/O Povo)

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