quarta-feira, 5 de junho de 2019

Volume da estação chuvosa no Ceará não garante abastecimento para 2020


O Ceará teve chuvas dentro da média histórica durante a estação chuvosa de 2019, no entanto, as precipitações não atingiram todas as regiões do estado. Choveu 676,3 milímetros de fevereiro a maio deste ano, segundo balanço apresentado pela Secretaria dos Recursos Hídricos (SRH) nesta quarta-feira (5). O secretário de Recursos Hídricos, Francisco Teixeira, a alerta que o volume não garante o abastecimento para todo o ano de 2020. "Precisamos trabalhar com cuidado essa reserva que nós temos", ressaltou Teixeira.

A média histórica de chuvas no Ceará é de 600.7 milímetros. A Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) previa, para 2019, chuvas entre 505.6 milímetros e 695.8 milímetros durante a quadra chuvosa.

Com o observado de 676.3 nesta quadra chuvosa, o desvio percentual foi de 12,6%. Portanto, um quadro pluviométrico melhor do que o observado nos anos de 2018 (0,0%), 2017 (-8,2%), 2016 (-45,5%), 2015 (-30,3%), 2014 (-23,4%), 2013 (-39,3%) e 2012 (49,6%), informou a Funceme.
“Nos últimos 10 anos, o período de fevereiro a maio mais chuvoso foi o do corrente ano. Um longo período seco, de cinco anos consecutivos, ocorreu entre 2012 e 2016”, ressaltou o meteorologista da Funceme Raul Fritz.

Fortaleza

A situação do abastecimento na capital também preocupa. Segundo o secretário da SRH, Francisco Teixeira, a reserva atual do sistema Jaguaribe-RMF, que abastece Fortaleza, é de 11,9%. Em outubro de 2015, quando foi divulgado o Ato Declaratório reconhecendo o cenário de escassez hídrica no Estado, esse volume era de 19,2%.

Chuva por regiões

As macrorregiões do Maciço de Baturité, Jaguaribana, Cariri e Sertão Central e Inhamuns apresentaram chuvas em torno da média. Enquanto as macrorregiões Ibiapaba, Litoral de Pecém, Litoral de Fortaleza e Litoral Norte ficaram  com o acumulado acima de suas normais, informou a Funceme.

Já a região do Sertão Central e Inhamuns foi a que apresentou o maior desvio percentual negativo (-6,3%), seguida do Cariri, com desvio percentual de -4,8%, da Jaguaribana (1,5%), do Maciço de Baturité (14%), da Ibiapaba ((25,6%), do Litoral de Pecém (40,9%), do Litoral de Fortaleza (44,2%) e do Litoral Norte (48.0%).

(Leia mais no g1.com.br/ce)

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