segunda-feira, 10 de junho de 2019

Servidores irão parar em todo Ceará na greve geral do próximo dia 14

A Federação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal do Estado do Ceará (Fetamce), os sindicatos municipais filiados e demais entidades sindicais e movimentos sociais organizados preparam atos em todo o Ceará da greve geral marcada para a próxima sexta-feira, 14 de junho, em protesto contra a reforma da Previdência, que é vista o prenúncio do fim do direito à aposentadoria dos trabalhadores brasileiros.

Depois de organizar 10 marchas regionais contra a destruição da previdência, que mobilizou todo o estado, a Fetamce destaca que é hora de aumentar a pressão e convocar mais pessoas para a luta, através da paralisação total das atividades no país. Servidores públicos, trabalhadores do setor privado, profissionais liberais, entre outros cruzarão os braços contra a medida classificada como anti-povo.

Além de retirar direitos fundamentais ligados à aposentadoria e à seguridade, as mudanças elaboradas pela presidência atingiriam quase 90% dos 5.500 municípios do país, que enfrentariam dificuldades econômicas, segundo dados da Associação Nacional dos Auditores da Receita Fiscal do Brasil (Anfip). Isso porque o montante de benefícios pagos pelo INSS é maior do que a arrecadação de impostos e transferências federais obrigatórias nessas cidades.

Para alcançar as mudanças na Seguridade Social, o Governo Bolsonaro precisa obter 308 votos necessários para a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) Nº 06, que tramita na Câmara dos Deputados. Sobre isso, os sindicatos prometem denunciar e finalizar a carreira política dos deputados que forem a favor da medida.

Os sindicalistas também criticam a milionária campanha publicitária do presidente em defesa da proposta de Reforma espalhada nas redes de TV e rádio. “A justiça brasileira fechou os olhos para a ‘manipulação’ da opinião nacional feita por Bolsonaro com dinheiro público. É ilegal. Contraria a Constituição Federal, no parágrafo 1º do artigo 37, que prevê publicidade apenas de caráter educativo, informativo ou de orientação social”, denuncia Enedina Soares.

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