quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

Polícia indicia 50 pessoas por esquema de fraudes em Iguatu

A Polícia Civil do Ceará indiciou nesta terça-feira (11) 50 pessoas por um esquema fraudulento de empréstimos, por meio da internet, que utilizava contas bancárias do município de Iguatu, na Região Centro-Sul do Estado. De acardo com a polícia, o inquérito sobre o caso foi concluído na terça pelo delegado Marcos Sandro Lira, responsável pelas investigações e titular da delegacia do município. O prejuízo das vítimas pode chegar a R$ 500 mil.
Segundo Marcos Sandro Lira, as investigações tiveram início há um ano, quando a delegacia recebeu dezenas de ofícios de vários estados brasileiros, informando que contas de agências bancárias da cidade cearense estavam recebendo depósitos fraudulentos de vítimas de estelionato. O inquérito policial foi encaminhado para o Ministério Público para oferecimento de denúncia.

Indiciados por recepção

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), 48 suspeitos foram indiciados por receptação, pelo empréstimo das contas para o recebimento do dinheiro, e dois foram indiciados como chefes do esquema criminoso. Os líderes da quadrilha, segundo a polícia, são Demutier Gonçalves de Oliveira Júnior, 30 anos, e Antônio Marcos Leôncio da Silva, 22 anos, ambos sem antecedentes criminais.
A dupla mantinha na internet 12 sites falsos que ofereciam empréstimos a pessoas de todo o país. “Quando as vítimas acessavam a página, eram direcionadas para realizar o preenchimento de formulários que geravam falsos empréstimos. Com isso, as vítimas eram induzidas a depositar taxas administrativas que seriam a comprovação para a liberação dos empréstimos”, explica Lira.
Em depoimentos, os suspeitos do estelionato contaram ao delegado que recebiam o pagamento de 10% dos valores que caiam em suas contas. A polícia apurou ainda que os valores arrecadados estavam relacionados a quantias recolhidas para pagamentos em sites de apostas esportivas online.

Taxas abaixo do mercado

Segundo a SSPDS, os criminosos ofereciam empréstimos com valores de R$ 5 mil, R$ 10 mil e R$ 15 mil, com taxas bem abaixo dos valores de empresas no mercado, além da dispensa de comprovação de rendas e sem consulta aos serviços de proteção de crédito. Os depósitos das chamadas “taxas administrativas”, efetuados pelas pessoas lesadas pelo grupo criminoso, giravam entre R$ 300 e R$ 1.200.
As pessoas só tomavam conhecimento da fraude ao perceberem a demora na liberação do benefício solicitado ou quando os estelionatários faziam contato solicitando mais dinheiro. Todas as vítimas são de fora do Estado.

(G1ce)

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