Apesar de aprovado com 31 votos favoráveis, um manifesto da Assembleia Legislativa do Ceará (Alece) contra o aumento de tarifas imposto pelos Estados Unidos ao Brasil não recebeu apoio da maioria dos deputados de oposição. O texto foi levado ao plenário nesta terça-feira, 5, e é assinado pelo presidente da Casa, deputado Romeu Aldigueri (PSB). Nenhum voto contrário foi registrado, mas sete parlamentares da oposição estiveram presentes e optaram por não votar, nem a favor nem contra.
Os deputados que se abstiveram de votar, apesar de estarem no plenário durante a sessão, foram:
Alcides Fernandes (PL), Antônio Henrique (PDT), Cláudio Pinho (PDT), Sargento Reginauro (União Brasil), Lucinildo Frota (PDT), Queiroz Filho (PDT) e Pedro Matos (Avante).
Entre os oposicionistas, apenas Felipe Mota e Heitor Férrer, ambos do União Brasil, apoiaram formalmente o manifesto.
O que diz o manifesto
O texto aprovado critica a atitude unilateral do governo norte-americano, que elevou tarifas sobre produtos brasileiros como castanha de caju e pescados, setores estratégicos da economia cearense.
O documento afirma que as medidas prejudicam diretamente o Ceará, comprometendo empregos e a atividade econômica. Aldigueri afirma que o Estado “não aceitará ameaças” e defende uma resposta firme, com base no diálogo internacional e no fortalecimento da soberania brasileira.
Além disso, o manifesto expressa apoio aos produtores locais e reforça o compromisso com a defesa dos interesses econômicos do Estado.