"Eu fui o que mais buscou aproximação de todas as partes da centro-esquerda para lutar contra esse obscurantismo que está solto. Eu lutei e continuarei lutando para que continuemos juntos. Não foi possível no primeiro turno, será possível no segundo e mais ainda no governo", disse sobre Ciro e o PDT, durante sabatina Uol/SBT/Folha de S. Paulo, na manhã de ontem

Haddad tem sofrido críticas de Ciro. O pedetista chamou o ex-prefeito de São Paulo de "decepção", lembrando a derrota dele para João Dória no 1º turno em 2016. Também disse que Haddad entraria fragilizado para combater a ameaça da extrema direita na figura de Jair Bolsonaro (PSL).
"Não é nem bacana para a sociedade a gente rebaixar demais por causa do primeiro turno. Vou enaltecer as pessoas de centro-esquerda porque eu quero estar com elas no segundo turno e no governo", apontou Haddad.
Numa espécie de reformulação do programa de Ciro para tirar dívidas do SPC, lançou o Dívida Zero, em seu programa, para renegociação de endividados. "No primeiro ano, vamos enfrentar a reforma bancária. Não adianta tirar as pessoas do SPC porque com essa taxa de juros, elas vão voltar para o SPC. Temos que enfrentar a reforma bancária. A ideia do Ciro é muito limitada: tirar as pessoas do SPC um ano para entrar no ano seguinte?", afirmou o petista.
O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), que busca reeleição, disse que Haddad soltaria Lula se fosse eleito presidente, por indulto. O ex-presidente cumpre pena em Curitiba por lavagem de dinheiro e corrupção passiva. Haddad disse que sequer chegou a conversar com Pimentel sobre o assunto. De acordo com o presidenciável, Lula teria dito, em carta, que não aceitaria o indulto e espera ser absolvido nos tribunais superiores. O petista afirmou ainda que teria Lula como conselheiro em um eventual governo. "Jamais dispensaria a experiência do presidente Lula", disse.
(O Povo)