quinta-feira, 13 de setembro de 2018

General critica 'infiéis' e admite sair da política

O candidato do PSDB ao Governo do Estado, General Theophilo, disse em entrevista do Diário do Nordeste, ontem, que, caso seja derrotado nas eleições deste ano, encerrará a carreira política e será professor universitário. Ele armou ainda que está desiludido com "infiéis" do seu próprio partido, assim como com parte do eleitorado que, em sua opinião,não quer mudança na realidade do Ceará.
Ontem, ele detalhou propostas de campanha em entrevistas à TV Verdes Mares e à TV Diário.
O tucano reconheceu ter sentido dificuldade de adaptação à vida de homem público, em comparação com a atuação militar, e demonstrou descontentamento com a situação da política cearense, inclusive no PSDB. "Tenho encontrado pessoas que não são fieis ao partido, que, apesar de serem do PSDB, não apoiam o candidato a governador. Acho isso uma grande infidelidade e tenho que ser coerente com tudo o que aprendi.
Se sou PSDB, apoio o candidato do PSDB". General Theophilo preferiu não nominar os "infiéis"
no partido, mas relatou que, em diálogo com o senador Tasso Jereissati (PSDB), estrategista político da campanha, foi alertado que, "por condições políticas, por apoio a A, B ou C, não adianta a gente ir para determinado Município, porque ali a pessoa, apesar de ser do PSDB, não está votando no candidato a governador, no General", disse.
"Isso me dói profundamente, porque não faz parte do meu aprendizado. Não foi assim que fui formado, e acho que a população brasileira também não foi formada assim, mas com transparência, honestidade e sendo disciplinada", argumentou.
Na primeira pesquisa Ibope divulgada pelo Sistema Verdes Mares no primeiro dia da campanha, em 16 de agosto, Theophilo teve 4% das intenções de voto, atrás de
Camilo Santana (PT), que atingiu 64%. Filiado ao PSDB desde abril deste ano, o postulante disse que, caso não vença a eleição, não tem "nenhuma vontade de continuar político".
"Não passava pela minha cabeça, o que eu gosto é de dar aula", citou. Theophilo pretende ser professor de Relações Internacionais. "A minha carreira começou agora, mas a gente tem visto muita coisa e o meu crédito é que o povo queira mudar. Se o povo não quer, se não vota em
mim, não vou ficar
insistindo num povo que prefere isso aí. Se prefere isso daí, que tenha isso daí"

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