quarta-feira, 21 de março de 2018

Filiado ao Pros, Capitão Wagner complica candidatura ao governo

(Foto: divulgação)
Pré-candidato da oposição cearense ao Governo do Estado, Capitão Wagner se filiou na manhã desta quarta-feira, 21, ao Pros e, segundo tucanos, deve complicar composição de chapa para disputa com Camilo Santana (PT) nas eleições de 2018. Wagner já havia anunciado filiação ao Pros em janeiro deste ano, para assumir o comando da legenda no Estado, com planos de disputar o cargo de deputado federal. O acerto se estagnou após decisão de concorrer ao Governo — e tanto a indisposição da legenda de abrir mão de vaga na Câmara dos Deputados quanto a antipatia da oposição, liderada por tucanos e pelo senador Tasso Jereissati, à filiação ao Pros, deram tom de indefinição ao destino de Wagner, que já estava de malas prontas para fora de seu antigo partido, o PT,  após a deputada federal Gorete Pereira, próxima de Camilo Santana, ser apontada presidente do diretório estadual."Complica muito", diz Francini Guedes, presidente do PSDB no Ceará, ao O POVO Online. Segundo Francini, o Pros "não é o partido ideal" para Wagner e haverá uma reunião nesta quinta-feira, 22, para decidir se continua de pé o apoio de tucanos à candidatura de Wagner. "Quem vai decidir se deve ser contra ou a favor será a maioria presente na reunião."
Seguindo Capitão Wagner, o também deputado estadual Roberto Mesquita também esteve presente na cerimônia para assinar filiação ao Pros. De acordo com o companheiro de oposição na Assembleia Legislativa, ainda é possível conciliar uma campanha com o PSDB – mas mandou um recado para os que querem opinar sobre a filiação dos dois parlamentares.
"Nós acolhemos a lideranca do senador Tasso, desejamos estar próximos dele. Estamos com os melhores sentimentos para abrigar os colegas de oposição. Agora, os que fazem exigências que ultrapassam as fronteiras da sua casa, precisam fazer sua reflexão. Todo político precisa ter sua casa, e a que escolhemos foi o Pros", explicou Roberto Mesquita, que ainda pontuou que "cada um cuida da sua vida"."O PSDB tem suas contradições, que preferimos não nos meter. Tem o Aécio (Neves, senador) que vem da Lava Jato; tem um conjunto depessoas que mostram contradições no partido. Mas preferimos aceitar o que tem de melhor, que é o Tasso Jereissati, que é um lider limpo e orgulha o cearense", complementou Mesquita.
Ainda de acordo com ele, o Pros deu "carta branca" para Capitão Wagner "escolher a posição que quisesse concorrer", que é a de pré-candidato ao Governo, encontrando um "ambiente adequado" para tal.Capitão Wagner foi procurado pela reportagem, mas não atendeu a pedidos de contato para esclarecimento. Em mensagem de áudio encaminhada pela assessoria, Wagner diz que tem total liberdade para guiar o partido no Ceará.  
O POVO

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