terça-feira, 25 de outubro de 2016

Seca no Ceará é pauta no TCU com governador Camilo Santana e a bancada federal em Brasília

Governador Camilo Santana e a bancada federal do Ceará estiveram no TCU.

O governador do Ceará, Camilo Santana, e a bancada cearense na Câmara dos Deputados participaram, nesta terça-feira (25), de reuniões com o presidente do Tribunal de Contas da União, Aroldo Cedraz, e dirigentes da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert). Na pauta dos encontros, a situação emergencial da seca no estado e a paralização da transposição do rio São Francisco no estado.
Para amenizar o panorama no estado, é fundamental, segundo o governador e parlamentares, viabilizar a retomada das obras do trecho Norte da transposição do Rio Francisco, que foi interrompida em função do abandono da obra pela construtora Mendes Júnior, além da expansão do Cinturão das Águas com recursos via Orçamento da União para 2017.
André Figueiredo alertou que o Ceará necessita das águas do São Francisco para minimizar os efeitos da estiagem, que já ultrapassa os cinco anos seguidos. "O problema não é só do nosso estado, mas do Brasil. Existem recursos e estamos trabalhando para que o trecho seja concluído e o colapso de água seja evitado. Não podemos esperar mais", alertou o deputado.
"O zelo pelo que já foi gasto é fundamental. Só faltam cerca de 8% para concluir a obra e o atraso pode deteriorar o que já foi feito", acrescentou, ao indicar que a cobertura promovida pelos veículos de comunicação facilita a divulgação da gravidade encontrada em todas as regiões cearenses.
Camilo Santana afirmou que a expectativa é que a solução seja alcançada de forma integrada para proteger os cidadãos. "A Transposição é uma obra estruturante. Fortaleza e a Região Metropolitana podem passar por um colapso com a falta d'Água já em 2017. Isso deixaria cerca de 3 milhões de pessoas desabastecidas", alertou.
"O problema, hoje, está também nos centros urbanos, que concentram 80% da população, e não somente na zona Rural", acrescentou, ao listar as ações de reaproveitamento e contingenciamento dos recursos hídricos no estado, incluindo o combate de vazamentos e ligações clandestinas.
O presidente do TCU exaltou o gesto de consultar previamente a instituição de contas e prometeu atenção destacada para a situação apresentada. "Devemos buscar soluções institucionais para alcançar alternativas plausíveis. Estamos ao lado do governador e da bancada", assegurou.
Impacto alarmante
Segundo a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), cerca de 75% do território do estado estão nos estágios de seca extrema ou seca excepcional. O retrato desse cenário pode ser observado na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), a partir da passagem do estágio de seca moderada, em agosto, para seca grave neste mês de outubro. Ao todo, os 153 açudes  existentes estão com apensas 8% de capacidade.
(Colaborou Bruno Ribeiro)

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