sexta-feira, 18 de agosto de 2023

Ministro Alexandre Moraes determina quebra do sigilo bancário de Bolsonaro e Michelle


O ex-presidente Jair Bolsonaro e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro tiveram a quebra do sigilo bancário e fiscal autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

O pedido foi feito pela Polícia Federal (PF), que investiga a possível existência de uma organização criminosa no entorno de Bolsonaro, suspeita de articular a venda de presentes concedidos por comitivas estrangeiras ao presidente.

Também foi autorizado a cooperação da Polícia Federal com autoridades dos Estados Unidos para quebra do sigilo do ex-presidente naquele país.

Cezar Bittencourt, advogado de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, afirmou que o cliente vai admitir que vendeu joias da Presidência a pedido de Bolsonaro. Cid está preso desde maio, alvo de outra operação da PF que investiga fraude em cartões de vacinação. 

A ação da PF visa esclarecer se o dinheiro das joias foi enviado para o ex-mandatário da República e se a verba para a recompra das joias partiu dele.

Bolsonaro afirmou, em nota divulgada na última sexta (11), que "jamais apropriou-se ou desviou quaisquer bens públicos, colocando à disposição do Poder Judiciário sua movimentação bancária". A defesa afirma que pediu voluntariamente, em março, que os itens fossem depositados no Tribunal de Contas da União (TCU) até a definição do que seria feito.

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