A 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro aceitou o pedido dos três acionistas majoritários da rede varejista Americanas para fazer um empréstimo de R$ 2 bilhões à empresa. Os acionistas dizem que esse aporte servirá como capital de giro para a Americanas se manter em funcionamento.
Esse empréstimo faz parte do pedido de recuperação judicial da companhia. A medida acendeu o sinal de alerta dos bancos e outras empresas, principalmente de varejo, que começam a ter dificuldades para negociar suas dívidas. A rede de lojas Marisa, por exempo, que acumula um rombo de R$ 600 milhões, tem encontrado obstáculos para fazer uma renegociação.
Pressionada por dívidas que vencem no curto prazo, a rede de moda feminina contratou um banco de investimentos e uma consultoria especializada em crises para fazer a reestruturação do negócio. Nesta 5ª feira (8.fev), as ações da companhia fecharam o pregão valendo R$ 0,83. No último ano, o valor dos papéis negociados em bolsa teve uma desvalorização de 74%. Por conta do escândalo contábil da Americanas, a Lojas Marisa tem encontrado resistência de instituições financeiras para renegociação de dívidas.