Nos últimos anos, os governos de Camilo Santana (PT) e mais recentemente, desde abril passado, a gestão Izolda Cela (sem partido) sofreram pouca pressão de uma oposição diminuta e desarticulada. Para o governador eleito Elmano de Freitas (PT) a situação tende a ser pouco alterada, visto tamanho da bancada oposicionista que vai se formando nos bastidores da Assembleia Legislativa. Apesar de também em menor número, os próximos opositores tendem a ser mais barulhentos na tribuna do Plenário 13 de Maio.
O governador eleito está disposto a conversar com todos os deputados eleitos e reeleitos para a próxima Legislatura, e é provável que convença um ou outro nome menos alinhado com uma oposição mais ferrenho ao seu nome, o que pode lhe garantir uma base ampla na Casa Legislativa. No entanto, existem aqueles que terão mais dificuldades de convencimento.
É o caso, por exemplo, do vereador Sargento Reginauro (UB), eleito deputado estadual, e que durante a “CPI do Motim” foi o único político chamado a depor por Elmano de Freitas, à época relator do colegiado. O petista, inclusive, chegou a pedir o indiciamento do parlamentar, que foi presidente da Associação dos Profissionais de Segurança (APS), investigada no inquérito.
Carmelo Neto, do PL, o deputado eleito mais votado do pleito deste ano, é outro que não deve se alinhar com a próxima gestão, visto ser um parlamentar alinhado com o bolsonarismo no Ceará e antipetista. Dra. Silvana (PL), que nos últimos anos travou diversos embates com Elmano de Freitas, principalmente por questões comportamentais e de costumes, é outra que deve manter o posicionamento de oposição.
Neófito no parlamentar, o Pastor Alcides Fernandes (PL) deve seguir as orientações do filho, o deputado federal eleito André Fernandes (PL), que também é um dos principais fiéis do bolsonarismo no Ceará. Já Oscar Rodrigues (UB), pai do deputado federal reeleito Moses Rodrigues (UB) tende a ter uma atuação mais comedida no início do mandato, atuando principalmente nos bastidores.
Outros deputados eleitos por partidos de oposição foram Marta Gonçalves (PL), Felipe Mota (UB) e Firmo Camurça (UB), que vão aguardar orientações de seus líderes políticos para atuarem na Casa. Ao que tem sido indicado nos bastidores da Assembleia Legislativa, a atuação desses futuros parlamentares, também novatos no Legislativo cearense, não deve ser de confronto.
PDT
Outro caso que chama a atenção é o do PDT, que montou uma comissão para definir se fará oposição ou não ao Governo Elmano de Freitas. A maioria dos parlamentares da sigla tem se colocado favorável ao ingresso na base governista, o que também tem sido defendido pelo governador eleito. O colegiado pedetista que deve definir os rumos da sigla é formado por Roberto Cláudio, Sarto, André Figueiredo e Cid Gomes, com participação de Ciro Gomes, que ficou em quarto lugar na disputa pressão deste ano.
(Blog do Edison Silva)