Cotado para assumir o Ministério da Fazenda do Governo Lula, o ex-ministro Fernando Haddad (PT-SP) foi submetido a um teste nesta 6ª feira (25.nov). Ele foi escalado pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para falar em seu nome no evento da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). A fala, porém, não foi bem recebida.
"O discurso não teve consistência e ele estava falando para uma plateia que conhece economia. Esse foi o entendimento do setor", disse um dos banqueiros, em declaração ao SBT News.
A avaliação foi de que as declarações do petista não contribuíram para afastar o cenário de incertezas, sobre como será a política econômica do próximo governo. Haddad falou em rever teto de gastos e não deu nenhum sinal de como será a âncora fiscal da gestão Lula. O que aumentou a queixa da falta de previsibilidade.
"Foi um discurso gasoso, sem definição sobre medidas efetivas do governo. Ele corroborou o aumento de gastos e isso não agradou o mercado. O que se vê é o dólar se valorizando e a bolsa caindo", disse o economista César Bergo, consultor e professor de Mercado Financeiro. O dólar bateu R$ 5,42 e o IBovespa recuou de quase 112 mil pontos e chegou a 108.552 pontos.