Lula foi eleito e assume o governo no dia 1º de janeiro de 2023. Sua gestão terá duas pautas prioritárias: meio ambiente e combate à fome. Qualquer homem público inteligente abraçaria essas duas causas, são populares e rendem votos. Lula nunca enganou ninguém. Sempre colocou como prioridade os dois temas. Pretende seguir forte com suas promessas de palanque, que colocou no plano de governo. Camilo Santana venceu a eleição no Ceará porque sempre priorizou dois temas: a educação e o combate à fome.
Os bolsonaristas deveriam avaliar o comportamento do governo Bolsonaro em relação aos temas fome e meio ambiente. O atual presidente só veio se preocupar com essas questões na reta final do seu mandato, quando em campanha pela reeleição. Bolsonaro tem méritos. Fez um governo sem corrupção, o País está crescendo, reduziu o desemprego e foi sincero com os brasileiros sobre suas ideias e convicções. Se tivesse cuidado melhor do seu vocabulário ao se dirigir aos brasileiros, o presidente seria imbatível nas urnas e se tornaria líder popular maior do que é. Sua linguagem pouco recomendável o prejudicou. As falas e gestos no auge da pandemia são exemplos claros.
Recolhido, Bolsonaro assiste ao futuro governo Lula se estabelecendo, ocupando toda a mídia. O período sabático do presidente parece ter iniciado dois meses antes da sua saída do Planalto. Bolsonaro foi generoso com os pobres, ao bancar o Auxílio Brasil de R$ 600, mas não soube construir uma relação com intimidade, como fez Lula.