O julgamento do ex-presidente Bolsonaro e de outros envolvidos na tentativa de golpe em 8 de janeiro de 2023 repercutiu nesta quarta (3) na Assembleia Legislativa. O 1o secretário da Casa, deputado estadual De Assis Diniz (PT), questionou a coerência dos parlamentares bolsonaristas. “Defendiam a ditadura, agora ficam espalhando que vivemos em uma. Ora, ditadura houve em 1964, quando só por se posicionar publicamente você poderia ser preso, torturado ou morto. Hoje, pode-se falar livremente. São realidades absolutamente diferentes. Eu sou um crítico do STF, que já entregou Olga Benário aos nazistas, que chancelou a ditadura militar e que proibiu o presidente Lula, quando preso, de ir ao enterro do próprio Neto. Mas, acima de tudo, respeito as instituições. Democracia é coisa séria e merece respeito. Bolsonaro está sendo julgado, com amplo direito de defesa, a partir de provas materiais, que atestaram um atentado à democracia”, afirmou.
De Assis ainda lembrou que houve, além do quebra-quebra cometido contra os três poderes, um planejamento para prender e assassinar Lula, Alckmin e Alexandre Moraes. “Houve um conluio com Exército, Marinha e Aeronáutica, uma ação dos kids pretos - militares da ativa ou da reserva do Exército, especialistas em operações especiais - para tumultuar o ambiente, carro-bomba perto do aeroporto em Brasília. Enfim, uma lista extensa de crimes que precisam ser julgados e devidamente punidos”, finalizou.
