O debate áspero entre Roberto Cláudio, PDT, e Elmano de Freitas, PT, praticamente anulou a participação do candidato do União Brasil, capitão Wagner, numa tática que tem como objetivo a polarização entre Elmano e Roberto Cláudio. O tom ríspido talvez preocupe o mediador Cid Gomes, expectador privilegiado da briga entre aliados. Aliás, Cid em declaração pública recomendou que o alvo deveria ser Wagner.
“A meta de uma discussão ou debate não deveria ser a vitória, mas o progresso.
A censura é a inimiga feroz da verdade. É o horror à inteligência, à pesquisa, ao debate, ao diálogo. Decreta a revogação do dogma da falibilidade humana e proclama os proprietários da verdade”. A frase é de Ulysses Guimarães, político que liderou a oposição no período em que os militares estiveram no governo por 20 anos. Tempo em que o debate era proibido e, depois da redemocratização, foi liberado. O debate é essencial para se alcançar o melhor projeto.
Como Elmano está numa crescente, Wagner estabilizado e Roberto Cláudio apresentou queda nas pesquisas, a escalada com o objetivo de alcançar Wagner e se aproximar de Elmano é uma polarização entre os candidatos da base aliada.
No debate, Elmano tentou o tempo inteiro carimbar Roberto Cláudio como um político arrogante, responsável pelo fim da aliança entre o PT e o PDT. Roberto Cláudio em outra ponta tentou carimbar em Elmano a imagem de despreparado para governar o Ceará. Coube a Wagner presenciar tudo. Foi feliz ao resumir a briga dos dois. “São 16 anos juntos e debatem que não fizeram nada pelas pessoas”. O 2 de outubro chegando.