terça-feira, 26 de junho de 2018

Pautas tensionam período pré-eleitoral em Brasília

Lei pretende mudar nome "agrotóxicos" para
"produtores fitossanitários" (Foto: Nathalia Ceccon)
Pelos menos três temas rondam os corredores da Câmara dos Deputados, em Brasília, às vésperas de mais uma eleição. Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das delações premiadas, projeto de lei dos agrotóxicos e mudanças em projeto que autoriza Petrobras a negociar áreas do pré-sal é o que tem pautado o debate em meio às polêmicas.

Na noite de ontem, depois de muito adiamento, a comissão especial na Câmara aprovou proposta que flexibiliza o uso dos agrotóxicos. O parecer do relator, deputado Luiz Nishimori (PR-PR), foi aprovado por 18 votos a favor e nove contrários. O projeto, agora, segue para o plenário ainda sem data definida para apreciação.

Em mais uma sessão tumultuada, parlamentares ambientalistas e ruralistas divergiram sobre a proposta. Ao apresentar o parecer, o deputado Luiz Nishimori afirmou que não quer “colocar veneno” no prato das pessoas e que o projeto prevê a atuação da Anvisa na proibição do registro de produtos que apresentam risco “inaceitável” à saúde e ao meio ambiente.

O deputado João Carlos Siqueira (PT-MG) disse que o projeto é “cinismo, hipocrisia e falsidade”. “Não é para vender agricultura, é para atender as multinacionais. Os produtores não aguentam mais tanto veneno. Eles querem apoio para baratear a produção e não para encarecer. Vocês não estão a serviço do agronegócio, e sim das multinacionais”, criticou.

Quanto às negociações da área do pré-sal, a Mesa Diretora ainda tentou, mas não conseguiu votar a matéria. Já a CPI das colaborações premiadas continua incerta, mesmo com a oposição fazendo pressão pública para a instalação.  (Com agências)

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