sábado, 2 de fevereiro de 2019

Senado reabre plenário para eleição do presidente

Com um atraso de nove minutos em relação ao horário programado, o plenário do Senado foi aberto às 11h09 deste sábado (2) para a retomada da sessão destinada a escolher o novo presidente da Casa, suspensa na noite anterior. Na madrugada, o ministro Dias Toffoli determinou que a eleição será feita por meio de voto secreto, embora na véspera, por 50 votos a 2, o plenário tenha aprovado o voto aberto.
Senadores que, às 11h tentaram entrar no plenário encontraram o local com as portas fechadas. Ângelo Coronel (PSD-BA) e Ciro Nogueira (PP-PI) bateram nas portas, que só foram abertas nove minutos depois.

Antes da abertura do plenário, um grupo de parlamentares favoráveis ao voto aberto se reuniu no gabinete do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE).

Entre os presentes, além de Tasso, estavam Simone Tebet (MDB-MS), Lasier Martins (PSD-RS), Antonio Anastasia (PSDB-MG), Roberto Rocha (PSDB-MA), Major Olímpio (PSL-SP), Soraya Thronicke (PSL-MS), Davi Alcolumbre (DEM-AP), Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Eduardo Girão (PROS-CE) e Rodrigo Cunha (PSDB-AL).

O grupo estudava hipóteses de atuação para a retomada da sessão, entre as quais esvaziar a sessão, cumprir as regras determinadas pelo STF apostando na união de adversários de Renan Calheiros (MDB-AL), e declaração de voto, quando chamados para votar.

Esse grupo também avalia a possibilidade de convergir em torno de uma única candidatura. Segundo a senadora Soraya Trhonicke, os nomes em análise são Alvaro Dias (Pode-PR), Davi Alcolumbre (DEM-AP) e Simone Tebet (MDB-MS).

“A gente está tentando encontrar esse nome e que algum tenha a decência de abrir mão. Tem gente que tem que ter a decência de abrir mão, porque quem não abrir mão vai ser responsável pela eleição do Renan. E aí vai ser condenado lá fora”, disse.

Suspensão da sessão
A sessão foi suspensa no final da noite de sexta (1º) após tumulto motivado pela contestação à presença de Davi Alcolumbre (DEM-AP) – que é candidato – na condução dos trabalhos.

Enquanto presidiu a sessão, Alcolumbre colocou em votação uma questão de ordem sobre voto aberto para a eleição, aprovada por 50 votos a 2 e uma abstenção – 28 senadores não votaram.

Aliados do senador Renan Calheiros (MDB-AL) – também candidato – se insurgiram contra a decisão, sob o argumento de que a votação violava a Constituição e o regimento do Senado, que prevê voto secreto.

Por proposta do senador Cid Gomes (PDT-CE), aprovada por votação simbólica, a sessão foi suspensa pouco depois das 22h e remarcada para a manhã deste sábado. Alcolumbre concordou em deixar a presidência da sessão desde que o resultado da votação fosse respeitado.

(Portal G1)

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