A senadora Gleisi Hoffmann, do PT do Paraná, defendeu o trabalho
realizado pelos profissionais cubanos no Programa Mais Médicos, no qual,
segundo destacou, eles foram fundamentais. A parlamentar culpou o
presidente eleito, Jair Bolsonaro, pela saída dos médicos caribenhos do
Brasil, acusando-o de ser agressivo, mostrar falta de compostura e não
compreender as necessidades da população.
Ao comentar as críticas ao fato de o governo cubano ficar com a maior
parte da remuneração desses médicos, Gleisi Hoffmann afirmou que além
do que ganham aqui, eles têm um salário em Cuba e sua família recebe
toda a assistência das autoridades e um seguro quanto aos riscos que
eles enfrentam no exterior. Destacou também que suas aposentadorias
ficam garantidas. A parlamentar disse, igualmente, que o dinheiro que
fica com o governo é utilizado para garantir direitos para a população
cubana como a assistência médica e a educação gratuitas.
Para a senadora paranaense, é "ridículo" chamar de escravo o trabalho
dos cubanos, quando os médicos brasileiros recebem apenas 20 reais dos
planos de saúde por consulta.
— Para manter o consultório e tirar o salário, eles teriam que
atender 18 clientes por dia; aliás, mais — 18 clientes são para manter o
consultório. Para manter o consultório e o pró-labore, precisariam
atender 36 clientes por dia, ou seja, a média de 4,5 por hora —
advertiu.
Agência Senado