sábado, 7 de julho de 2018

Jovem cearense transforma apresentações em PowerPoint em negócio milionário


João Victor Paiva abriu uma agência de publicidade convencional aos 16 anos de idade. Desenvolveu seu atendimento principalmente no segmento B2B, acrônimo de Business to Business, que são empresas que vendem para outras empresas, e não para pessoas físicas. O dia a dia o fez perceber que havia muito investimento em marketing tradicional, porém muito pouca atenção a um momento fundamental da venda: a reunião por meio da qual comprador e vendedor se encontram frente a frente.
Assim surgiu a HIP (High Impact Presentations), empresa 100% especializada em apresentações corporativas utilizando ferramentas como Power Point e conceitos de Storytelling. A HIP foi a primeira do Nordeste no segmento e uma das primeiras no Brasil. O crescimento e diferencial veio do método desenvolvido pelo próprio Victor, chamado Story Empathy, por meio do qual a mensagem a ser transmitida, toca os lados emocional e racional da audiência, aumentando a fixação, entendimento e chances de sucesso das apresentações.
“Se hoje as pessoas ainda acham curioso que empresas nos contratem para fazer apresentações, imagina quando começamos, há vários anos. Tivemos que educar e abrir esse novo mercado. No Ceará já atendíamos o mercado nacional, mas, em 2016 quando abrimos operação no Sudeste (São Paulo), passamos a duplicar todos os anos”, comenta.
Victor se divide entre dirigir a HIP e o TEDxFortaleza - Projeto que desenvolve de forma voluntária e reconhecido como um dos maiores TEDx da América do Sul. Atualmente morando nos EUA, consegue liderar sua equipe nos escritórios de Fortaleza e São Paulo, para isso, estruturou a HIP durante dois anos para que a empresa funcionasse sem sua presença física.
No início de 2018 a HIP adquiriu uma produtora de vídeos e hoje e tem um modelo de negócios a frente do seu tempo, com 8 funcionários diretos e 25 freelancers cadastrados, que são alocados de acordo com as características do projeto e se encontram nas mais diferentes regiões do mundo. “Onde eles estão é o que menos importa. O importante é que eles entreguem um trabalho com a qualidade que a gente exige, que é muito alta, e principalmente dentro do prazo combinado”, detalha Victor.
Victor atende mais de 200 clientes e desenvolveu mais de 10.000 apresentações nos últimos anos, em seu portfólio pontuam projetos para marcas locais, nacionais e globais, desde startups a grandes corporações, como: Governo da Nova Zelândia, Havaianas, Outback, CISCO, 99, Sebrae, dentre outras.
“Fomos contratados pelo Governo da Nova Zelândia, para desenvolver uma apresentação que fortalecesse as relações comerciais com o Governo Argentino”, relata.
Em um mundo que parece ter inteligência artificial, cloud, machine learning e robótica, correndo nas veias, é o caráter humano que parece diferenciar o trabalho da HIP. “Precisamos entender que a audiência de uma apresentação é muito mais diversa do que a gente pode imaginar, quando uma empresa reúne investidores para captar recursos, por exemplo, ela precisa entender, que cada um dos investidores que estão ali como audiência, também é um pai, uma filha, muitas vezes um atleta, uma pessoa com fé, crenças e anseios como todo mundo. E, o papel da HIP é criar uma mensagem que conecte mais do que B2B ou B2C, mas que conecte pessoas com pessoas” diz Victor.

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