terça-feira, 10 de julho de 2018

Ceará é único estado do País a atingir meta vacinal contra sarampo


Cobertura vacinal no amazonas. Fotos públicas
Diante do surto de sarampo em Roraima e Amazonas, o Ceará tem cenário menos preocupante, pois conta com a maior cobertura vacinal do Brasil contra a doença. A meta de imunização é de 95%.
Esse índice, em 2017 foi ultrapassado na primeira dose; para a segunda, o Estado foi o único do País a atingi-la.
Dados preliminares do DataSUS (Departamento de Informática do SUS) apontam que, no ano passado, a cobertura vacinal no Ceará foi de 119,47% na tríplice viral (primeira dose) e de 96,05% na tetra viral (segunda dose).
“A tríplice viral protege contra sarampo, caxumba e rubéola. Ela está dentro do nosso calendário de vacinação para crianças de 12 meses e uma segunda dose de reforço aos 15 meses”, explica Daniela Queiroz, coordenadora de Promoção e Proteção à Saúde da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa).
Conforme Daniela, a alta cobertura de vacinação no Ceará se dá após estratégias diante do surto que houve entre 2013 e 2015. O último caso registrado de sarampo no Estado foi em julho daquele ano.
“isso foi um fato importantíssimo porque fizemos diversos estudos para entender como foi essa epidemia, que fatores estavam relacionados, e foi detectada a baixa cobertura vacinal. Na época, muitos municípios tinham a meta, mas isso não era homogêneo”, afirma. Ela ressalta ainda que, com cobertura acima da meta, o Estado é preparado para possíveis chegadas de infecções.
Conforme nota do Ministério da Saúde (MS), o país enfrenta dois surtos de sarampo, em Roraima e Amazonas. Até o dia 27 de junho, foram confirmados 265 casos de sarampo no Amazonas, e 1.693 permanecem em investigação. Roraima teve confirmados 200 casos da doença e 179 continuam sob análise.
O infectologista Anastácio Queiroz também relaciona a alta cobertura no Ceará ao pós-surto há três anos.
De acordo com ele, o sarampo é uma doença de rápido contágio. Por isso, a vacina é o principal vetor de erradicação. “Qualquer percentual abaixo da meta é uma janela aberta para a entrada da doença. É muito importante que, na presença dos primeiros casos, as autoridades e a sociedade trabalhem intensamente”, sinaliza Anastácio Queiroz.
De 6 a 31 de agosto será realizada a Campanha Nacional de Vacinação contra a poliomielite e contra o sarampo, para o público-alvo de crianças de um a quatro anos de idade. O dia “D” de mobilização nacional será 18 de agosto.
(O Povo)

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