segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Dilma usurá delação de Funaro para pedir anulação de impeachment

Dilma quer voltar à presidência

Em delação, Funaro afirmou que repassou ao então presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), R$ 1 milhão para comprar apoio de deputados favoráveis ao afastamento de Dilma.
Detalhes da delação do empresário foram tornados públicos nos últimos dias após a divulgação do vídeo da colaboração de Funaro, que consta do procedimento que corre na Câmara a respeito da segunda denúncia contra o presidente Michel Temer.
Para o advogado de Dilma, o ex-ministro José Eduardo Cardozo, desde o início do processo de impeachment da petista a defesa tem sustentado que o afastamento dela é nulo porque foi baseado em "decisões ilegais e imorais" tomadas por Cunha e por todos os parlamentares que queriam evitar a "sangria da classe política brasileira".
"Agora, na delação premiada do senhor Lúcio Funaro, ficou demonstrado que o ex-deputado Eduardo Cunha comprou votos de parlamentares em favor do impeachment", afirmou Cardozo.
Segundo o defensor, ele vai requerer na terça-feira a juntada dessa "prova" ao mandado de segurança que Dilma apresentou ao Supremo para anular o impedimento e cujo mérito ainda não foi julgado pela corte.
"Entendemos que na defesa da Constituição e do Estado Democrático de Direito, o Poder Judiciário não poderá deixar de se pronunciar a respeito, determinando a anulação do impeachment de Dilma Rousseff, por notório desvio de poder e pela ausência de qualquer prova de que tenha praticado crimes de responsabilidade", afirmou.
Em outubro passado, o ex-ministro do STF Teori Zavascki, então relator do mandado de segurança, negou pedido de liminar feito pela defesa de Dilma. O julgamento do mérito do recurso, agora relatado pelo ministro Alexandre de Moraes, nomeado por Temer para uma cadeira no Supremo, ainda não ocorreu.

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