terça-feira, 19 de setembro de 2017

Preço da cesta básica nordestina caiu em agosto

A cesta básica nordestina apresentou redução de preço em agosto (-4,3%), acompanhando tendência nacional. Contribuíram para a retração as quedas nos preços dos produtos: tomate (-15,7%), feijão (-15,2%) e açúcar, café e óleo (-5,4%). O decréscimo apontado no preço da cesta regional só foi mais significativo no Centro-Oeste (-26,7%).
Os números fazem parte de pesquisa realizada pelo Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene), órgão de pesquisas do Banco do Nordeste, com base em dados do Departamento Intersindical de Estudos Socioeconômicos (Dieese). Os dados estão disponíveis no endereço www.bnb.gov.br/diario-economico-2017.
Apesar da queda dos preços em agosto, a cesta nordestina é a única com variação positiva em 2017, com +1,4%. As demais regiões apresentaram declínio no custo da cesta básica este ano: Norte (-4,5%), Centro-Oeste (-8,0%), Sudeste (-3,6%), e Sul (-1,1%).
Avaliando os últimos doze meses, a variação da cesta básica do Nordeste (+5,4%) não é ultrapassada por nenhuma outra região: Centro-Oeste (+0,7%), Sul (+4,4%), Sudeste (+3,0%) e Norte (-1,4%).
Em termos monetários, a cesta nordestina (R$ 330,39) está abaixo da brasileira (R$ 371,66) e mais barata que a cesta do Sudeste (R$ 423,04) e do Sul (R$ 413,53).
Fortaleza
A redução no preço da cesta básica não foi tão expressiva em Fortaleza (-2,8%) quanto em outras capitais nordestinas como Salvador (-7,1%), Natal (-6,2%) e Recife (-5,8%). Em termos monetários, Fortaleza (R$ 389,35) permanece com a cesta básica mais cara no Nordeste, maior inclusive que a cesta regional (R$ 330,39).
O preço elevado da cesta básica em Fortaleza reflete a alta dos preços de produtos cotados nos últimos 12 meses, período em que a capital cearense registrou acúmulo de +11,7%, seguida de Natal (+9,4%), Aracaju (+7,6%) e João Pessoa (+7,5%).
Fortaleza também encabeça a lista das capitais nordestinas com maior aumento no preço da cesta básica considerando o acumulado de 2017 (+4,7%), estando à frente de Maceió (+4,2%), Natal (+4,0%), João Pessoa (+1,0%) e Recife (+0,2%). Na contramão, experimentaram leve decréscimo nos preços, este ano, os consumidores de São Luís (-1,1%), Aracaju (-0,3%) e Salvador (-1,4%).

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