quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Joesley contratou empresa de delegado que atuou no caso Marcela Temer

Joesley Batista
O empresário Joesley Batista, preso a pedido da Procuradoria Geral da República (PGR), depois ser acusado de quebrar seu o acordo de delação premiada, contratou empresa de "segurança e investigações" de um delegado da Polícia Civil de São Paulo que investigou em 2008 o assassinato de um diretor da JBS - e que foi destacado em 2016 para atuar no caso da prisão do hacker que clonou o celular da primeira-dama, Marcela Temer.
Rodolpho Chiarelli, que é do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), é sócio da SCR Consultoria de Segurança e Investigações, que foi contratada pelo grupo J&F;, dos irmãos Joesley e Wesley Batista.
O Polícia Federal (PF) investiga o elo da empresa com a contratação de dois policiais civis de São Paulo que faziam a segurança particular de Joesley, quando ele prestou depoimento a investigadores da Operação Bullish, em 16 de junho, e na confecção de dossiês e investigações para a delação premiada dos irmãos Batista - que será revista no Supremo Tribunal Federal (STF). O dois policiais foram interrogados e a JBS já entregou informações sobre a contratação dos seguranças.
Em maio de 2016, Chiarelli participou da prisão de Silvonei José de Jesus Souza, condenado por extorquir a primeira-dama. Na época, Temer era vice-presidente e o secretário de Segurança Pública de São Paulo era Alexandre de Moraes, que foi nomeado ministro da Justiça e agora é ministro do STF.
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) de São Paulo confirmou que a SCR tem Chiarelli como sócio e "possui relação comercial na área de assessoria/consultoria em segurança empresarial com a J&F.;" O Povo


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