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| Prefeito Raimundo Macedo. (Foto: Flávio Pinto) |
A aplicação da Lei da Ficha Limpa pode trazer transtornos para a reeleição do prefeito de Juazeiro do Norte, Raimundo Macedo (PMDB). É que entre os defensores da aplicação da lei há uma certa expectativa quanto ao teor do parecer que o representante do Ministério Público Eleitoral dará no processo de pedido de registro da candidatura de Raimundão. O chefe do executivo juazeirense foi afastado do cargo em 2015, por aprovação de promotores e procuradores, sob a alegação de que estava praticando ato de improbidade administrativa, ao negociar terreno da prefeitura com empresa uma construtora de Fortaleza, a AC Empreendimentos.
Raimundão passou 45 dias afastado do cargo, e segundo os representantes do Ministério Público, foram inúmeras as irregularidades praticadas com danos expressivos contra a administração pública. Raimundão voltou ao cargo por liminar concedida pelo presidente do STJ, ministro Francisco Falcão, mas até hoje, não foi julgado pelo colegiado.
Desta forma, Raimundao não têm condenação de órgão colegiado da Justiça sobre os fatos que deram margem seu afastamento da prefeitura. Outros prefeitos, também candidatos à reeleição, estão em situações parecidas, pois também foram afastados dos seus cargos sob a alegação de práticas delituosas. A questão é saber se o Ministério Público Eleitoral irá levar em conta seus afastamentos ou não.
REELEIÇÃO
Aos mais próximos Raimundão tem mantido silêncio sobre sua reeleição. Diz que como prefeito está preocupado em terminar seu mandato até 31 de dezembro deste ano e que, só vai falar em reeleição depois da segunda quinzena de julho.
Porém, no domingo (29), Raimundão revelou ao senador Eunício Oliveira, durante café da manhã em Juazeiro do Norte, que ainda não se definiu por completo sobre sua reeleição. Ouviu do senador que terá todas as garantias do PMDB, mas mesmo assim, Raimundão não bateu martelo. Cansaço e família são as principais causas de sua indecisão.
